sábado, 5 de abril de 2008

Será que ela fingiu e eu não percebi?

Parafraseando Shakespeare, a pergunta de hoje é "fingir ou não fingir, eis a questão". É claro que eu me refiro ao orgasmo feminino. Diz um amigo meu que os homens são bobinhos e não percebem que ela tá fingindo, mas daí quem se ferra são as mulheres, pois se eles acharem que estão arransando nunca vão aprender a coisa certa.

É claro, ele está com a razão. Fingir é fácil: umas viradinhas de olho, uns gritinhos, outros gemidos e uma leve estremecida no corpo. Pronto! Fica parecendo que você teve o maior orgasmo do universo. Quem não se lembra daquela cena de "Harry e Sally: Feitos um para o outro"? Nela, a personagem de Meg Ryan mostra para Billy Cristal que as mulheres fingem sim. Ele diz que não acredita e ela faz uma demonstração em pleno restaurante. Ele e todos os presentes no local ficam atônitos com a performance.

Como os homens descobrem que elas fingem e como as mulheres podem descobrir uma maneira de não fingir mais? O mesmo amigo - aquele do primeiro parágrafo - diz que se a mulher exagera nos gritos isso é sinal de fingimento. Eu não concordo com essa parte da "sabedoria masculina". Acho que há mulheres mais discretas e outras que não se importam se estão ou não fazendo barulho, querem apenas explodir seu prazer, sem se importar com os ouvidos alheios (já ouvi o barulho de uma dessas no quarto de um amigo de um namorado. Era impressionante!).

Mas agora vamos voltar às mulheres que fingem. Por que elas fazem isso? Estão cansadas de nunca chegar lá, sem paciência e querem terminar de vez com aquela transa? Ou, quem sabe, elas têm medo de não agradar e simulam uma megaorgasmo. Tudo não passa de besteira. Ninguém é obrigado a chegar ao orgasmo em todas as transas, mas também não é preciso fingir se não chegar lá.

Dizer o que gosta ou não. Orientar os passos do parceiro. Assim mesmo, como se você fosse uma professora ensinando o alfabeto para seus aluninhos. Um dia, com certeza, a coisa decola (só é preciso ficar atenta para que esse dia não demore uma eternidade).

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